O que e o quanto comer, parece uma decisão trivial para muitas pessoas, mas pode ser um pesadelo para outras. Todos precisam de alimentos. Mas para o ser humano, o ato de comer transcende as escolhas, comer significa estar vivo, portanto, é essencial.
Mas de fato, a nutrição cresceu. Alimentos novos apareceram. As pessoas começaram a ter muitas dúvidas no que deveriam ou não comer.
Em paralelo, vieram os trabalhos de pesquisa em nutrição e medicina, uma dobradinha perfeita para orientar, tanto na prevenção, como os pacientes com doenças metabólicas, como por exemplo, a obesidade. Os estudos demonstraram que o ato de comer engloba fatores emocionais, simbólicos, fisiológicos e sócio culturais, tornando a nutrição uma ciência de evidências.
Alimentação na mídia digital
Em contraponto, a mídia digital chegou, contribuindo diariamente para a divulgação do quão importante é se alimentar adequadamente. Mas, infelizmente, também se tornou um meio de fake news e de informações contraditórias sobre a alimentação. Em quem acreditar? Guidelines perderam a força para o “ serve para que”, “é bom para”, “faz bem”, “faz mal”. Nesse lugar virtual, tudo é possível. Existe um espaço para as informações distorcidas, desestabilizando conceitos clássicos sobre alimentação.
Mas como interpretar tudo isso? Como instruir e fazer com que os pacientes sigam ajustes alimentares, de qualquer ordem, se o alimento é lugar e acesso de todos? Como reverter a instabilidade dessas informações que vagam pelos meios sociais?
Respondo escrevendo: Fazendo a nossa parte, desconstruindo mitos e incansavelmente orientando nossos pacientes nas pequenas mudanças em relação a um determinado alimento.
Mudar um hábito não é um processo linear, portanto, vem entremeado de “insucessos”. Será que precisamos mudar TUDO? Como lidar, por exemplo, com o significado não nutricional do alimento, ou seja, o alimento na busca da satisfação?
Não tenho dúvida que a disponibilidade interna de cada paciente para ouvir… depois para entender…. Mais à frente, para aceitar o que vem acontecendo com cada um através da reflexão, é o caminho diante da complexidade que é comer.
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Dra. Claudia Cravo