Esteatose hepática: entenda a preocupação por trás desse achado

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A esteatose hepática, conhecida como gordura no fígado, afeta 1/4 da população mundial. Portanto, a doença representa um preocupante problema de saúde pública.

Nesse sentido, o termo sugerido para esse diagnóstico de MAFLD (metabolic dysfunction-associated liver disease), ou doença hepática associada a disfunção metabólica, em tradução livre, vai muito além de um depósito de gordura, pois ao ser identificada indica que a saúde como um todo não vai bem.

Dessa maneira, atualmente, é considerada uma manifestação hepática de uma desordem sistêmica.

Logo, vários órgãos podem ser afetados além do fígado, entre eles, principalmente, o sistema cardiovascular aumentando o risco de infarto do miocárdio e AVC.

Além disso, a esteatose hepática é uma das principais causas de transplante hepático, devido ao potencial de produzir fibrose no fígado.

Diagnóstico de MAFLD

Quando identificada por métodos de imagem como ultrassom, elastografia (Fibroscan), ressonância magnética ou biomarcadores ou biópsia hepática, a esteatose hepática pode ser associada a:

1. Diabetes (70% dos diabéticos tem gordura no fígado);
2. Sobrepeso ou obesidade;
3. Duas alterações metabólicas

Ainda assim:

  • Circunferência abdominal: 102 cm (homens) / 88 cm (mulheres)
  • Triglicerídeos: 150
  • HDL colesterol: 50 (mulheres) / 40 (homens) ou em uso de medicamentos para colesterol
  • Pressão arterial: 130 / 85 ou em tratamento para hipertensão arterial
  • Resistência a insulina (insulina aumentada com índice de HOMA: 2,5)
  • Proteína C reativa: 2 mg/l
  • Pré diabetes (Glicemia de jejum 100-125mg/dl / Hemoglobina glicosilada 5,7-6,4% / Glicemia pós prandial 140-199 mg/dl)

Tratamento de esteatose hepática (gordura no fígado)

Em vista disso, o tratamento deve ser individualizado, buscando corrigir as alterações metabólicas citadas acima. Ademais, o controle do peso, adequações dietéticas e atividade física também devem entrar em questão.

Ainda assim, alguns casos podem necessitar de uso de medicamentos. Por isso, a avaliação multidisciplinar com hepatologista, endocrinologista e nutricionista é fundamental!

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international expert consensus statement. J Hepatol. 2020 Jul;73(1):202-209.
doi: 10.1016/j.jhep.2020.03.039. Epub 2020 Apr 8. PMID: 32278004.

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Dra. Bruna Puente

Gastroenterologia & Endoscopia

CRM 52.0102944-4

Médica graduada pela Faculdade de Medicina Souza Marques, possui residência médica em Clínica Médica pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e residência em Gastroenterologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). 

Atua no diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças do aparelho gastrointestinal (refluxo, gastrites, úlceras, doenças inflamatórias intestinais, síndrome do intestino irritável) e doenças do fígado (esteatose, hepatites, cirrose hepática) entre outras. 

Na Gastrolife atende consultas em Gastroenterologia e Hepatopatologia. Além disso realiza endoscopia digestiva.

Apaixonada pelo hepatologia,  integra também a equipe de transplante hepático em Hospitais privados

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