Diverticulite: tratamento e 3 formas de classificação

diverticulite

A diverticulite, doença diverticular dos cólons, também conhecida como diverticulose, é uma disfunção onde ocorre herniação ou protusão da mucosa do intestino grosso, em forma de saculações, através das fibras musculares, local onde penetram os vasos sanguíneos.

Dessa forma, é uma condição muito comum, em que acredita-se que esteja presente em cerca de 8% da população adulta mundial. Nesse sentido, existem três formas de classificação:

1. Forma hipertônica

Em geral, ocorre em indivíduos mais jovens, abaixo dos 50 anos de idade, constipados e com baixa ingestão de líquidos e fibras na dieta. Esse quadro acarreta a formação de bolos fecais pouco volumosos, exigindo do cólon contrações hipertônicas para o deslocamento de fezes para o reto. Portanto, o sigmoide é o segmento do intestino grosso mais comumente afetado.

2. Forma hipotônica

Essa condição afeta, principalmente, pessoas acima dos 60 anos de idade, sendo decorrente da fraqueza (hipotonicidade) da parede intestinal.

3. Forma mista

Nesse caso, a forma mista é caracterizada quando as duas classificações acima estão presentes. Logo, ocorre, geralmente, em indivíduos acima dos 60 anos de idade.

Apresentação Clínica: Diverticulite

Os portadores de diverticulose são, em sua maioria, assintomáticos. No entanto, algumas manifestações clínicas, quando presentes, podem indicar presença de complicações.

Desse modo, alguns pacientes podem apresentar infecção e inflamação dos divertículos, processo chamado de diverticulite, em que, geralmente, o paciente apresenta cólicas, dor abdominal e febre.

Além disso, a diverticulite pode complicar com abcesso, perfuração intestinal e peritonite (pus ou fezes na cavidade abdominal) conferindo gravidade ao quadro. Portanto, o paciente que apresentar diverticulite deve ser submetido ao exame de colonoscopia após 2 meses de tratamento.

Ainda assim, uma outra complicação preocupante para o paciente portador de divertículos é a hemorragia digestiva baixa, que apresenta-se com a manifestação de sangramento vivo pelas ânus, em grande quantidade, podendo levar a hipotensão e choque. É válido destacar, ainda, que, entre 70 a 75% das vezes, o sangramento acaba espontaneamente, mas precisa ser sempre analisado.

Tratamento de diverticulite

O tratamento dos divertículos não é necessário. Porém, para evitar as complicações e manter um bom hábito intestinal, recomenda-se uma dieta rica em fibras (cerca de 30 gramas diários, podendo ser necessário suplementação). Além disso, eventualmente, laxativos e antiespasmódicos podem ser empregados.

Na diverticulite (quando há inflamação e infecção), casos menos complicados podem ser tratados sem internação, com uso de antibióticos administrados via oral e mudanças dietéticas. Nesse caso, a dieta deve ser flexível nos primeiros 15-20 dias, contando com certo repouso intestinal.

Porém, casos complicados precisarão de internação, antibioticoterapia venosa e, por vezes, drenagem ou cirurgia. Outrossim, crises repetidas de diverticulite podem acontecer em parcela significativa dos pacientes, que podem necessitar de tratamento cirúrgico.

Após a resolução do quadro infeccioso, é importante que o paciente saiba que não é preciso evitar sementes. Existe esse conceito antigo que não tem substrato científico e recentes revisões médicas evidenciam que não é necessário e nem vantajoso.

Desse modo, pode-se dizer que as sementes fazem parte de uma dieta rica em fibras, sendo um dos principais itens do tratamento a longo prazo. Além disso, a preocupação em restringir grãos pode ser um tanto limitador e difícil para o paciente.

Bem como a dieta rica em fibras, sabe-se que a prática de atividade física regular tem impacto muito positivo na redução de crises de diverticulite e, portanto, o paciente deve ser encorajado a se exercitar com frequência.

Se você tem divertículos, opte por hábitos saudáveis!

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Dra. Fernanda Manhaes
Clínica Médica

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Dra. Bruna Puente

Gastroenterologia & Endoscopia

CRM 52.0102944-4

Médica graduada pela Faculdade de Medicina Souza Marques, possui residência médica em Clínica Médica pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e residência em Gastroenterologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). 

Atua no diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças do aparelho gastrointestinal (refluxo, gastrites, úlceras, doenças inflamatórias intestinais, síndrome do intestino irritável) e doenças do fígado (esteatose, hepatites, cirrose hepática) entre outras. 

Na Gastrolife atende consultas em Gastroenterologia e Hepatopatologia. Além disso realiza endoscopia digestiva.

Apaixonada pelo hepatologia,  integra também a equipe de transplante hepático em Hospitais privados

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