Os pólipos na vesícula são nódulos caracterizados pelo crescimento excessivo de tecido na parede da vesícula biliar. São originados, na maioria dos casos, devido a processos inflamatórios ou excesso de colesterol.
Geralmente, os pólipos de vesícula são assintomáticos. Além disso, são encontradas em até 4,5% das ultrassonografias e em até 15% das vesículas ressecadas, usualmente em adultos. Além disso, podem ser malignos ou benignos, sendo os benignos neoplásicos ou não neoplásicos.
Ademais, continue lendo e saiba mais sobre os pólipos na vesícula!
Pólipos benignos
A maioria dos pólipos benignos são não neoplásicos e incluem:
- Pólipos de colesterol;
- Adenomiomas;
- Pólipos inflamatórios.
Os pólipos de colesterol são encontrados em até um quarto das vesículas ressecadas, igualmente presentes em homens e mulheres. Além disso, são caracterizados por depósitos de colesterol na superfície interna da vesícula denominada colesterol. A sua associação com os cálculos de vesícula é a doença mais comum da vesícula biliar.
Ademais, os pólipos inflamatórios são os menos comuns entre os pólipos não neoplásicos da vesícula. Além disso, são compostos de tecido inflamatório.
A adenomiomatose é uma anormalidade caracterizada por espessamento da camada muscular, mais comum em mulheres.
Os pólipos neoplásicos benignos mais comuns na vesícula são os adenomas, presentes em menos de 0,5% da população. Outros pólipos como fibromas, lipomas e leiomiomas são raros.
Pólipos malignos
Os adenocarcinomas são a maioria dos pólipos malignos. São muito mais comuns do que os adenomas.
Alguns fatores que podemos associar à presença de pólipos malignos são:
- Idade acima de 50 anos;
- Tamanho do pólipo maior que 1 cm
- Combinação de pólipos e cálculos na vesícula
Outrossim, o risco geral de câncer de vesícula em pacientes com pólipos de vesícula é baixo e parecido com o risco de pacientes sem pólipos.
Pacientes assintomáticos com pólipos de vesícula
Geralmente, os pólipos de vesícula são assintomáticos. Podemos achá-los em exames de imagem do abdômen, como a ultrassonografia.
Ademais, pacientes sem sintomas ou com sintomas não típicos devem ser tratados de forma clínica conservadora. Sendo assim, o tratamento só varia se houver outra indicação para remoção do pólipo. Além disso, neste grupo, os pólipos entre 1 e 2 cm e maiores de 2 cm tem indicação de cirurgia.
Por fim, os exames de ecoendoscopia e a tomografia computadorizada têm aplicação limitada. Por consequência, assumem um papel complementar para a estadia nos casos de forte suspeita de câncer de vesícula biliar.
Pacientes sintomáticos
A colecistectomia é o melhor tratamento para os pacientes sintomáticos (cólica biliar, náuseas) ou com complicações como a pancreatite, por exemplo.
Já a vigilância com USTA deve ser adotada para os pacientes que não têm indicação cirúrgica, deve ser realizada no intervalo entre 6 meses a 1 ano.
Por fim, o acompanhamento médico é fundamental para todos os casos. É, também, essencial para o diagnóstico e tratamento adequados para o quadro do paciente.
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