Histórico familiar de câncer de pâncreas: quando investigar?

Se você possui histórico familiar de câncer de pâncreas e foi orientado a realizar uma avaliação, é importante entender quais fatores devem ser considerados antes do exame. Essa etapa de preparação é essencial para garantir a segurança do procedimento e a eficácia da investigação precoce de possíveis alterações no trato digestivo.

O câncer de pâncreas é uma doença que pode apresentar maior risco em famílias com antecedentes na linha direta, especialmente quando dois parentes de primeiro grau possuem histórico da doença. Nesses casos, indica-se a investigação. 

Entretanto, mesmo quem tem apenas um parente com câncer de pâncreas deve considerar a avaliação se apresentar outros fatores de risco, como tabagismo, obesidade ou pancreatite crônica. Nessas situações, é fundamental manter um acompanhamento médico para determinar qual exame é mais adequado.

Para a investigação detalhada do pâncreas, a ecoendoscopia é atualmente o método mais indicado. Diferente da endoscopia digestiva alta tradicional, a ecoendoscopia utiliza um endoscópio com ultrassom acoplado, permitindo uma avaliação mais precisa do pâncreas e das estruturas próximas, facilitando a detecção precoce de lesões suspeitas.

1. Tempo de jejum

Entre os principais fatores para considerar antes da ecoendoscopia está o tempo de jejum. Recomenda-se não ingerir alimentos sólidos ou líquidos por pelo menos 8 horas antes do exame para evitar riscos de aspiração durante a sedação e garantir a melhor visualização possível das estruturas internas.

2. Uso de medicamentos contínuos

Informe sempre ao médico sobre os medicamentos que utiliza regularmente, principalmente anticoagulantes, remédios para pressão alta, diabetes ou outras condições crônicas. Alguns medicamentos, por exemplo, podem precisar de ajustes ou suspensão temporária para reduzir riscos de complicações durante o exame.

3. Condições de saúde preexistentes

Pacientes com histórico familiar de câncer de pâncreas devem informar ao médico sobre quaisquer condições de saúde, como problemas respiratórios ou cardíacos. Isso é essencial, portanto, para adotar cuidados especiais ou realizar exames complementares antes do procedimento.

4. Acompanhante no dia do exame

Por envolver sedação, é essencial que o paciente esteja acompanhado no dia da ecoendoscopia. Isso porque não poderá dirigir ou realizar atividades que exijam atenção plena logo após o procedimento. A presença de um acompanhante também facilita a recepção das orientações médicas e apoio nas etapas seguintes, caso sejam necessárias investigações adicionais.

Conclusão

Quem tem dois parentes de primeiro grau com histórico de câncer de pâncreas deve realizar avaliação preventiva. Já quem possui apenas um parente, mas apresenta outros fatores de risco, também deve considerar a investigação. Lembre-se, portanto, de sempre manter acompanhamento médico para definir a melhor conduta. A ecoendoscopia é atualmente o exame mais eficaz para esse tipo de avaliação.

Conhecer os principais cuidados antes do exame é fundamental para um procedimento seguro e eficaz. Por fim, siga sempre as orientações médicas e, em caso de dúvida, converse com o especialista responsável pelo seu acompanhamento.

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Dra. Bruna Puente

Gastroenterologia & Endoscopia

CRM 52.0102944-4

Médica graduada pela Faculdade de Medicina Souza Marques, possui residência médica em Clínica Médica pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e residência em Gastroenterologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). 

Atua no diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças do aparelho gastrointestinal (refluxo, gastrites, úlceras, doenças inflamatórias intestinais, síndrome do intestino irritável) e doenças do fígado (esteatose, hepatites, cirrose hepática) entre outras. 

Na Gastrolife atende consultas em Gastroenterologia e Hepatopatologia. Além disso realiza endoscopia digestiva.

Apaixonada pelo hepatologia,  integra também a equipe de transplante hepático em Hospitais privados

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