Esofagite eosinofílica: tudo que você precisa saber sobre a alergia do esôfago

A esofagite eosinofílica, a “alergia do esôfago”, é uma inflamação que se caracteriza pela presença de eosinófilos em reação a antígenos alimentares.  Esse diagnóstico está cada vez mais prevalente e precisa ser investigado quando há sintomas sugestivos.

Neste artigo, nós do time Gastrolife vamos abordar tudo que você precisa saber sobre a esofagite eosinofílica, desde suas causas até as opções de tratamento disponíveis. Veja a seguir: 

Quais são os principais sintomas da esofagite eosinofílica? 

Entre os principais sintomas da esofagite eosinofílica, estão:

Impactação de Alimentos

Um dos sintomas mais comuns da esofagite eosinofílica é a impactação de alimentos, que ocorre quando um pedaço de comida fica preso no esôfago. Isso pode causar, portanto, grande desconforto e, em casos graves, pode exigir intervenção médica para a remoção do alimento.

Dificuldade para Engolir (Disfagia)

A disfagia é a dificuldade em engolir, que pode variar desde uma leve sensação de desconforto ao engolir até uma incapacidade de deglutir completamente. Desse modo, associa-se essa dificuldade à inflamação e ao estreitamento do esôfago. Por consequência, isso gera episódios dolorosos ao tentar engolir alimentos.

Dor ou queimação no peito (Pirose)

Pacientes com esofagite eosinofílica frequentemente relatam dor ou queimação no peito, uma sensação que pode-se confundir com refluxo gastroesofágico. Essa dor é, portanto, geralmente consequência da inflamação na mucosa do esôfago e pode ser debilitante.

Regurgitação

A regurgitação, que é a sensação de que o alimento retorna à boca após a deglutição, é outro sintoma comum. Isso pode ocorrer, portanto, devido ao comprometimento da motilidade esofágica e à inflamação, o que leva a um refluxo involuntário de alimentos ou líquidos.

Globus

A sensação de globus é descrita como uma impressão de que algo está “preso” na garganta ou no esôfago. Sendo assim, esse sintoma pode ser muito angustiante e pode levar os pacientes a evitar a alimentação, resultando em problemas nutricionais.

Por isso, se você apresentar algum desses sintomas, é importante procurar um profissional de saúde para avaliação.

Causas e fatores de risco

Embora a causa exata da esofagite eosinofílica não seja completamente compreendida, alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvê-la:

  • Alergias alimentares: muitas pessoas com esofagite eosinofílica têm reações alérgicas a alimentos, como leite, ovos, trigo, soja, amendoim e frutos do mar.
  • Histórico familiar: a condição é mais comum em indivíduos com histórico familiar de doenças alérgicas, como asma, rinite alérgica e eczema.
  • Outras condições: pacientes com outras condições inflamatórias e autoimunes podem ter maior risco de desenvolver a esofagite eosinofílica.

Diagnóstico da esofagite eosinofílica

O diagnóstico da esofagite eosinofílica geralmente envolve uma combinação de exames e avaliações médicas, como por exemplo:

  • Endoscopia digestiva alta: permite ao médico visualizar diretamente o esôfago e coletar biópsias para análise.
  • Biópsias: a  biópsia do esôfago ajuda a determinar a quantidade de eosinófilos presentes e confirmar o diagnóstico.
  • Teste de alergia: pode-se realizar os testes para identificar alergias alimentares ou ambientais.

Tratamento

O tratamento dessa condição pode variar dependendo da gravidade da condição e das necessidades individuais do paciente. Entre os principais métodos estão:

  • Modificação da dieta: evitar alimentos que desencadeiam a resposta alérgica é fundamental. Muitas vezes, recomenda-se uma dieta de eliminação.
  • Medicamentos: podem ser prescritos para reduzir a inflamação.
  • Entre outros. 

Cuidados e prevenção

Além do tratamento, algumas medidas podem ajudar a prevenir ou minimizar os sintomas da esofagite eosinofílica:

  • Manter um diário alimentar: registre os alimentos que consome e os sintomas associados para identificar possíveis desencadeadores.
  • Consulta regular com especialistas: manter acompanhamento com um gastroenterologista pode ajudar a monitorar a condição e ajustar o tratamento conforme necessário.
  • Educação sobre alergias alimentares: aprender mais sobre alergias alimentares e como lidar com elas pode ser fundamental para evitar crises.

Cuide da sua saúde digestiva!

Em conclusão, a esofagite eosinofílica pode ser gerida com a combinação certa de cuidados médicos e mudanças no estilo de vida. Portanto, se você suspeita que pode ter esofagite eosinofílica ou está apresentando sintomas relacionados, não hesite em procurar um médico. 

Sendo assim, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para manter sua saúde digestiva e qualidade de vida. 

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Dra. Bruna Puente

Gastroenterologia & Endoscopia

CRM 52.0102944-4

Médica graduada pela Faculdade de Medicina Souza Marques, possui residência médica em Clínica Médica pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e residência em Gastroenterologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). 

Atua no diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças do aparelho gastrointestinal (refluxo, gastrites, úlceras, doenças inflamatórias intestinais, síndrome do intestino irritável) e doenças do fígado (esteatose, hepatites, cirrose hepática) entre outras. 

Na Gastrolife atende consultas em Gastroenterologia e Hepatopatologia. Além disso realiza endoscopia digestiva.

Apaixonada pelo hepatologia,  integra também a equipe de transplante hepático em Hospitais privados

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